Eras & Eros
segunda-feira, 16 de junho de 2014
sexta-feira, 15 de março de 2013
teatro
Meu peito abriu suas cortinas
pra que você entrasse em cena
seu sorriso atuou em meu palco
suas palavras pulsaram dentro de mim
improvisando minha felicidade
nossos corpos dançaram
no clímax da peça
que seu coração aprontou com o meu
pra que você entrasse em cena
seu sorriso atuou em meu palco
suas palavras pulsaram dentro de mim
improvisando minha felicidade
nossos corpos dançaram
no clímax da peça
que seu coração aprontou com o meu
domingo, 2 de dezembro de 2012
se de
Sinto sede
SEDE!
na água
de
mais sede
de força
sede de ser
sede de mais tempo
de menos dor
sede de
sinto sede
de mim.
domingo, 14 de outubro de 2012
Amores
Ele olhou
profundamente pra aquela alma machucada. Reconheceu-se em muitas feridas e teve
compaixão. Teve cuidado ao transpor a barreira divisória. Atravessou a linha
invisível. Passou direto, sabia a senha desde o princípio. Ao chegar ao salão
principal, ouviu os sinais sonoros, respirou através dos suspiros e, sempre com
leveza, chegou ao topo do castelo. Lá, deitou um olhar mais longo pra aquele
coração incendiado, os olhos brilhando de uma felicidade há tanto tempo
esquecida. Sorriu de volta. Nesse instante, a energia tornou-se limpa,
recarregada e multiplicada, enchendo os peitos nus de um constante potencial
incondicional.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Restos
O amor é uma ressaca eterna. Ressaca
física, moral, psicológica, patológica e até mesmo contagiosa. Invade e
perturba-nos no tédio, nos sonhos, no ônibus. Quando inconsciente, a tradução à
consciência é rápida e dolorosa. A necessidade de intensidade faz com que
corramos atrás do porre e nos embriaguemos até que o coração se despedace em
restos de nós mesmos em sanitários e sanatórios sujos e corrompidos de ressacas
alheias.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Mágicos
Ríamos como crianças no
parque, e chorávamos diante da beleza de existir. O muro derretia, assim como
minha alma diante daquela profunda viagem em si mesmo. O céu me chamava, me
expulsava, girava e voltava ao mesmo lugar. Tudo em questão de segundos.
Quisemos subir no muro para ver o pôr-do-sol, e nos deparamos com um singelo
quintal de avó. Não tínhamos onde buscar forças para levantar para trocar de
música, pois esse ato nos privaria daquele pedacinho de céu por alguns minutos,
e eram minutos sagrados. A música nos transmitia calma. Ela ajudou a tornar o
mundo mais óbvio aos nossos olhos. Aquele momento que fomos à caça do paraíso
parecia um passado muito distante. E o paraíso tornou-se infinito.
O infinito tornou-se o único sentido.
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