segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mágicos


Ríamos como crianças no parque, e chorávamos diante da beleza de existir. O muro derretia, assim como minha alma diante daquela profunda viagem em si mesmo. O céu me chamava, me expulsava, girava e voltava ao mesmo lugar. Tudo em questão de segundos. Quisemos subir no muro para ver o pôr-do-sol, e nos deparamos com um singelo quintal de avó. Não tínhamos onde buscar forças para levantar para trocar de música, pois esse ato nos privaria daquele pedacinho de céu por alguns minutos, e eram minutos sagrados. A música nos transmitia calma. Ela ajudou a tornar o mundo mais óbvio aos nossos olhos. Aquele momento que fomos à caça do paraíso parecia um passado muito distante. E o paraíso tornou-se infinito. 


O infinito tornou-se o único sentido.