Ele olhou
profundamente pra aquela alma machucada. Reconheceu-se em muitas feridas e teve
compaixão. Teve cuidado ao transpor a barreira divisória. Atravessou a linha
invisível. Passou direto, sabia a senha desde o princípio. Ao chegar ao salão
principal, ouviu os sinais sonoros, respirou através dos suspiros e, sempre com
leveza, chegou ao topo do castelo. Lá, deitou um olhar mais longo pra aquele
coração incendiado, os olhos brilhando de uma felicidade há tanto tempo
esquecida. Sorriu de volta. Nesse instante, a energia tornou-se limpa,
recarregada e multiplicada, enchendo os peitos nus de um constante potencial
incondicional.